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Angola Business Forum atrai a presença de 44 empresas

Por dario.andrade em
Equipa Jupiter News em 13, Junho 2018

 

Aconteceu nos dias 08 e 09 de Junho, no CCTA - Centro de Convenções de Talatona, em Luanda, o 1º Angola Business Forum. O evento, que contou com a participação de 44 empresas, teve como objetivo fomentar o networking entre empresários e instituições públicas, representantes do Governo. Organizado pela Africonta, o encontro promoveu um ciclo de palestras, apresentações de cases, exposição em estandes e muita troca de experiências. A programação trouxe uma diversidade de temas e palestrantes que apontaram para a mesma direcção: empresários e Poder Público devem se unir por uma cadeia produtiva mais evolutiva e contínua.

“Mais do que apoiar a interatividade entre os representantes que movimentam a economia angolana, pretendemos contribuir para o aumento de parcerias entre o Público e o Privado, estimular a promoção de novos polos de negócios e o crescimento de pequenas, médias e grandes empresas”, afirmou na abertura do evento Kénia Camotim, apresentadora de TV, empresária e uma das organizadoras do evento.

A importância do uso da tecnologia para o desenvolvimento dos negócios, a consciência ativa à sustentabilidade em todos os processos da empresa, registro e poder da marca, valorização do capital humano, o uso da criatividade da adversidade para a superação dos obstáculos, o estímulo para o investimento do empreendedorismo agrícola, o aquecimento da área de Turismo pelo atual governo neste segmento, dados e esclarecimentos sobre os processos e sistemas tributários, foram alguns dos temas que movimentaram o empresariado presente.

Destaque para a apresenta da Noelma Vieira d´Abreu, CEO da Academia BAI, que trouxe informações atualizadas sobre a área de Educação. Ela alertou para a importância do papel de cada empresário numa sociedade carente de informação e formação. “O apoio à formação precisa ser visto como investimento produtivo e não perda de verba”, finalizou.

Abaixo, algumas informações importantes apresentadas pela CEO na sua apresentação:

  • O Ensino Superior em Angola é influenciado pelo nível de crescimento da economia.
  • Em 2016 registram-se 241.284 matrículas de estudantes, equivalente a quase 20 vezes mais que as 12.566 matrículas registradas em 2002, ano do fim da guerra civil.
  • Mais da metade da população escolar angolana frequenta o ensino secundário e terciário.
  • A taxa bruta de inscrição no ensino terciário é menos da metade da taxa observada na África do Sul.
  • A qualidade do Ensino Superior tem sido considerada factor chave do progresso e desenvolvimento de qualquer país e fonte de mudança de desenvolvimento das nações.
  • Há uma preocupação do Ministério da Educação em intervir sobre o subsistema de ensino superior para evitar "contaminação progressiva" da IES com "más práticas" e melhorar progressivamente a qualidade de serviços de todo o subsistema.
  • As instituições de ensino profissional ainda não cobrem totalmente as necessidades que no domínio das respostas sociais, quer do mundo empresarial não oferecendo formação suficiente no nível das tecnologias e sistemas de informação, bem como em segmentos específicos e de grande relevância no contexto local e nacional como são a gestão bancária e de seguros, ou a oferta em contabilidade e finanças também.